Uma avaliação empírica da competição eleitoral para a Câmara Federal no Brasil
DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-62762013000200007Autores
Resumo
O objetivo deste artigo é avaliar empiricamente a competição eleitoral para o cargo de deputado federal no Brasil e a sua dimensão regional, que se apoia nos conceitos de distritos eleitorais informais (AMES, 2001; 2003) ou grotões políticos (HUNTER E POWER, 2007; ZUCCO, 2008). Este artigo considera as eleições entre 1994 e 2010 e utiliza um indicador de desequilíbrio (TAAGEPERA, 1979) em análise temporal como critério básico da avaliação do controle regional do voto, já que o Número Efetivo de Partidos (NEP) não capta a descentralização da disputa eleitoral. Os resultados indicam que a ausência de competição não é regra da disputa política no país, que a tese dos distritos eleitorais carece de evidência empírica e que os políticos que evitam a competição nem sempre se elegem e não são os mesmos em uma mesma localidade ao longo do tempo.
Abstract
The aim of this paper is to empirically evaluate the electoral competition in the Brazilian election for Congress. The evaluation focused on the regional dimension of electoral competition, what is sustained by concepts such as informal electoral districts (AMES, 2001; 2003) or political hamlets (HUNTER AND POWER, 2007; ZUCCO, 2008). This paper considers electoral results from 1994 to 2010 and uses the imbalance index (TAAGEPERA, 1979) in a timing frame perspective as basic criteria because the Effective Number of Parties does not capture the decentralization of electoral competition. Results suggests that the personal and regional political control is not the rule of political competition in Brazil; the informal district theory lacks of empirical support and, the politicians that are successful in avoiding competition do not always get elected and vary in their power over electorate through time.