Vol. 23, nº 1, 2017

A disputa nos governos estaduais (1994-2014): a batalha entre incumbents e oposição

DOI: https://doi.org/10.1590/1807-01912017231168

Autores

Maurício Michel Rebello

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

O jogo entre governo e oposição sempre foi algo amplamente discutido na ciência política. Trabalhos recentes indicam que o sistema partidário de alguns países tem forte inclinação pró-governo, enfraquecendo a oposição partidária. Atualmente, no Brasil, discute-se como reduzir o poder de chefes do Executivo, como a recente proibição da reeleição imediata realizada pela Câmara dos Deputados. Neste artigo, propôs-se uma discussão sobre a força dos governos e dos desafiantes nas eleições para governos estaduais. Todas as eleições, desde 1994, foram analisadas a partir de dados do TSE em todas as unidades da federação. Os resultados indicam que o instituto da reeleição não causa uma barreira instransponível para aqueles que desafiam o governador. Porém, ao mesmo tempo, os dados sugerem uma relativa continuidade dos partidos políticos a nível estadual. Além disso, a ideia de que o Poder Executivo tem grande capacidade de atração sobre os partidos políticos não pode ser desconsiderada.

Palavras-chave

eleições; eleições estaduais; reeleição; oposição; governos estaduais

Abstract

The game between government and opposition is something that has always been widely discussed in political science. Recent studies indicate that party systems may have a strong pro-government bias, weakening opposition parties. How to limit the power of executive leaders is a key question in Brazil, as suggested by the recent ban on immediate re-election enacted by the Chamber of Deputies. In this paper, we propose a debate about the relative power of incumbent governors and challengers in state government elections. All elections since 1994 were analyzed using TSE data from all Brazilian states. The results indicate that re-election does not impose an insurmountable barrier to those who challenge the governor. At the same time, the data suggest a relative continuity of political parties at the state level. Moreover, the idea that the Executive branch has a great ability to appeal to political parties cannot be disregarded.

Keywords

elections; state elections; reelection; opposition; state government

Résumé

Le jeu entre le gouvernement et l'opposition a toujours été largement discuté dans la science politique. Des études récentes indiquent que le système des partis dans certains pays a une forte inclination pro-gouvernementale, ce qui affaiblit les partis d'opposition. Actuellement, au Brésil, on étudie la façon de réduire la force des chefs du pouvoir exécutif, comme dans le cas de l'interdiction récente de réélection immédiate réalisée par la Chambre des députés. Dans cet article, nous avons proposé une discussion sur la force des gouvernements et de leurs rivaux aux élections visant le gouvernement des états. Toutes les élections depuis 1994 ont été analysées à partir des données du TSE dans toutes les unités de la fédération. Les résultats indiquent que le fait d´instituer la réélection ne provoque pas un obstacle insurmontable pour ceux qui défient le gouverneur. En même temps, les données suggèrent cependant une continuité relative des partis politiques au niveau des états. De plus, l'idée que le pouvoir exécutif a une grande capacité de faire appel aux partis politiques ne peut être négligée.

Mots Clés

élections; élections d´états; réélection; opposition; gouvernements d´états

Resumen

El juego entre el gobierno y la oposición siempre ha sido algo ampliamente discutido en la ciencia política. Estudios recientes indican que el sistema de partidos en algunos países tiene una fuerte inclinación a favor del gobierno, lo que debilita al partido de la oposición. Actualmente, en Brasil, se discute cómo reducir el poder de los jefes ejecutivos, como la reciente prohibición de la reelección inmediata en el poder de la Cámara de diputados. En este artículo, hemos propuesto un debate sobre el poder de los gobiernos y de los desafiantes en las elecciones para los gobiernos estatales. Todas las elecciones han sido analizadas desde 1994 a partir de datos del TSE en todas las unidades de la federación. Los resultados indican que el instituto de la reelección no causa una barrera insuperable para aquellos que desafían al gobernador. Pero, al mismo tiempo, los datos sugieren una continuidad relativa de los partidos políticos a nivel estatal. Por otra parte, la idea de que el poder ejecutivo tiene una gran capacidad para atraer a los partidos políticos no puede pasarse por alto.

Palabras Claves

elecciones; elecciones estatales; reelección; oposición; gobiernos de los estados

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