Vol. 30, nº 1, 2024

Efeitos da proibição de doações empresariais nas redes de financiamento eleitoral no Brasil

DOI: https://doi.org/http://doi.org/10.1590/1807-0191202430110

Autores

Rodrigo Rossi Horochovski

Universidade Federal do Paraná

Ivan Jairo Junckes

Universidade Federal do Paraná

Neilor Fermino Camargo

Universidade Federal do Paraná

Resumo

O artigo analisa dados de candidaturas e prestação de contas das eleições de 2014 e 2018 no Brasil para responder à seguinte pergunta: quais são os efeitos da proibição do financiamento eleitoral empresarial e da introdução do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) sobre as redes de financiamento eleitoral? Coletamos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os analisamos com a metodologia da Análise de Redes Sociais e tratamentos estatísticos complementares. Como resultado, confirmamos nossas três hipóteses: (H1) a topologia da rede de financiamento eleitoral manteve-se altamente assimétrica; (H2) sem as empresas, os partidos políticos aumentaram sua centralidade na rede de financiamento; e, (H3) o sucesso eleitoral manteve-se fortemente relacionado à ocupação de posições centrais na rede de financiamento, não havendo alterações significativas nos perfis de partidos e candidatos mais competitivos.

Palavras-chave

eleições; financiamento eleitoral; mudança institucional; reforma política; análise de redes sociais

Abstract

The article analyzes data from candidacies and their campaign finance filings from Brazil's 2014 and 2018 elections to respond to the following question: What are the effects of the ban on corporate electoral financing and the introduction of the Special Fund for Campaign Financing (FEFC) on electoral financing networks? We collected data from the Superior Electoral Court (TSE) and analyzed them with the Social Network Analysis methodology and complementary statistical techniques. As a result, we confirmed our three hypotheses: (H1) the topology of the electoral financing network remained highly asymmetric; (H2) without companies, political parties increased their centrality in the financing network; and (H3) electoral success remained strongly related to the occupation of central positions in the financing network, with no significant changes in the profiles of the most competitive parties and candidates.

Keywords

elections; electoral finance; institutional change; political reform; social network analysis

Résumé

L'article analyse les données de candidatures et de comptes de campagne pour les élections de 2014 et 2018 au Brésil pour répondre à la question suivante : quels sont les effets de l'interdiction du financement électoral provenant des entreprises et de l'introduction du Fonds Spécial de Financement de Campagne (FEFC) sur les réseaux de financement électoral ? Nous avons collecté des données de la TSE et les analysons avec la méthodologie d'analyse des réseaux sociaux et des traitements statistiques complémentaires. De ce fait, nous avons confirmé nos trois hypothèses : (H1) la topologie du réseau de financement électoral est restée fortement asymétrique ; (H2) sans les entreprises, les partis politiques ont accru leur centralité dans le circuit de financement ; et, (H3) le succès électoral est resté fortement lié à l'occupation de positions centrales dans le réseau de financement, sans changements significatifs dans les profils des partis et des candidats les plus compétitifs.

Mots Clés

élections; financement électoral; changement institutionnel; réforme politique; analyse des réseaux sociaux

Resumen

El artículo analiza datos de candidatura y rendición de cuentas para las elecciones de 2014 y 2018 en Brasil para responder a la siguiente pregunta: ¿cuáles son los efectos de la prohibición del financiamiento electoral corporativo y la introducción del Fundo Especial de Financiamiento de Campaña (FEFC) en las redes de financiamiento electoral? Recolectamos datos del TSE, los analizamos con la metodología de Análisis de Redes Sociales y tratamientos estadísticos complementarios. Como resultado, confirmamos nuestras tres hipótesis: (H1) la topología de la red de financiamiento electoral permaneció altamente asimétrica; (H2) sin las empresas, los partidos políticos aumentaron su centralidad en la red de financiamiento; y, (H3) el éxito electoral se mantuvo fuertemente relacionado con ocupar posiciones centrales en la red de financiamiento, sin cambios significativos en los perfiles de partidos y candidatos más competitivos.

Palabras Claves

elecciones; financiamiento electoral; cambio institucional; reforma política; análisis de redes sociales

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