Vol. 25, nº 1, 2019

Brazilian military policy during Dilma Rousseff’s government: discourse and practice

DOI: https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1590/1807-01912019251136

Authors

Suzeley Kalil Mathias

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Jose Augusto Zague

Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Leandro Fernandes Sampaio Santos

Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas

Abstract

This paper aims to analyze the operationalization of the Brazilian Armed Forces toward accomplishing its constitutional missions during Dilma Rousseff’s government. Our sources include government speeches during the Conference of Defense Ministers of the Americas (CDMA) and the political action taken by the federal government in response to the public security situation in the city of Rio de Janeiro. The main hypothesis is that there is a difference between the government’s discourse in the international arena and the domestic measures taken towards the matter, each with a different target: the first being the Armed Forces, guaranteeing their main function of defending the country and assuring that they are detached from the center of political decision-making; the second being the middle class and its demand for increased public security. The conclusion is that Rousseff’s military policy resulted, in opposition to what was planned, in a higher degree of politicization of the Armed Forces followed by a bigger militarization of public security.

Keywords

armed forces; military policy; public security; Dilma Rousseff’s government

Resumo

Discute-se neste artigo a operacionalização das Forças Armadas com vistas a cumprir com suas missões constitucionais ao longo do governo Rousseff. As fontes de pesquisa são os discursos brasileiros na Conferência de Ministros da Defesa das Américas (CMDA) e a ação política adotada pelo governo federal em auxílio à segurança pública na cidade do Rio de Janeiro. Considera-se como hipótese que há diferenças entre discurso externo e ação interna, cada um buscando atingir um alvo diferente: o primeiro, as Forças Armadas, no intuito de garantir-lhes sua função primordial de defesa do país e mantê-las afastadas do centro de decisão política; o segundo, a classe média, com sua demanda crescente por maior segurança. Conclui-se que a política militar do governo Dilma redundou, ao contrário do planejado, em maior politização das Forças Armadas, com crescente militarização da segurança pública.

Palavras-chave

forças armadas; política militar; segurança pública; governo Dilma Rousseff

Résumé

Cet article a pour objectif de discuter l’opérationnalisation des Forces armées brésiliennes dans l’exécution de leurs missions constitutionnelles pendant le gouvernement de Dilma Rousseff. Les sources de recherche utilisées sont les discours du gouvernement au cours des Conférences de ministres de la défense des Amériques (CMDA) et aussi l’action politique adoptée par le gouvernement fédéral afin d’aider au niveau de la sécurité publique de la ville de Rio de Janeiro. Notre hypothèse est qu’il y a des différences entre le discours brésilien officiel et l’action domestique, chacun ayant un but distinct: le discours officiel vise les Forces armées, afin de garantir que leurs fonctions principales seront la défense du pays et aussi en les maintenant à l’écart du centre de décision; l’action politique vise à répondre aux demandes de la classe moyenne pour plus de sécurité. En conclusion, la politique militaire du gouvernement de Dilma Rousseff a eu comme résultat, contrairement à ce qui était prévu, une plus grande politisation des Forces armées accompagnée d’une militarisation de la sécurité publique.

Mots Clés

forces armées; politique militaire; sécurité publique; gouvernement Dilma Rousseff

Resumen

Se discute en este articulo la operacionalización de las fuerzas armadas para cumplir con sus misiones constitucionales a lo largo del gobierno Rousseff. Las fuentes de investigación son los discursos brasileños en las Conferencias de Ministros de Defensa de las Américas (CMDA) y la acción política adoptada por el gobierno federal en auxilio a la seguridad pública en la ciudad de Río de Janeiro. Se considera como hipótesis que hay diferencias entre discurso externo y acción interna, cada uno buscando alcanzar un blanco diferente: el primero, las Fuerzas Armadas, con el fin de garantizarles su función primordial de defensa del país y alejamiento del centro de decisión política; el segundo, la clase media, con su creciente demanda por mayor seguridad. Se concluye que la política militar del gobierno Dilma ha redundado, a diferencia de lo planeado, en una mayor politización de las fuerzas armadas con creciente militarización de la seguridad pública.

Palabras Claves

Fuerzas Armadas; política militar; seguranza pública; gobierno Dilma Rousseff

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