Vol. 29, nº 1, 2023

Image and contestation: emotional regimes in the media framing of protest events

DOI: https://doi.org/http://doi.org/10.1590/1807-0191202329169

Authors

Camila Farias da Silva

Instituto Cíclica

Eduardo Georjão Fernandes

Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política

Universidade Vila Velha

Abstract

Through the study of published images, the present work analyzes how emotions are incorporated into mass media framing of protest events. By coordinating interpretive framing and emotion theories, we built a visual analysis model based on the identification of the dominant frames and keying processes in three dimensions: photographic techniques, interactions, and emotions. The model was used to analyze the newspaper Zero Hora’s coverage of the June 20, 2013 protest in Porto Alegre. The results indicate that the periodical incorporates ambivalent emotional regimes. On the one hand, it associates protesting with symbols of grandiosity, patriotism, and festivity, which tend to be related to moral emotions (e.g., pride) and affective commitment or loyalties (e.g., trust); on the other hand, “violent” tactics are associated with danger/risk and linked to reflex emotions (e.g., fear) and moral emotions (e.g., indignation). The model proved to be efficient and can be replicated in future studies.

Keywords

collective action; protest events; media framing; visual analysis; emotions

Resumo

Este artigo analisa como as emoções são incorporadas ao enquadramento pela mídia corporativa de eventos de protesto por meio do estudo de imagens. A partir da articulação entre as teorias do enquadramento interpretativo e das emoções na ação coletiva, construiu-se um modelo de análise visual baseado na identificação dos quadros dominantes e dos processos de refinamento do olhar em três dimensões: técnicas fotográficas, interações e emoções. O modelo foi aplicado à cobertura do jornal Zero Hora ao protesto de 20 de junho de 2013 em Porto Alegre. Os resultados indicam que o jornal incorpora regimes emocionais ambivalentes: associa o protesto a símbolos de grandiosidade, patriotismo e festividade, os quais tendem a vincular-se a emoções morais (ex.: orgulho) e de lealdade e compromisso (ex.: confiança); por outro lado, táticas “violentas” são associadas a perigo/risco, ligadas a emoções reflexas (ex.: medo) e morais (ex.: indignação). Tais achados introduzem elementos visuais e emocionais à teoria dos enquadramentos da ação coletiva, com a proposição de um modelo analítico que pode ser replicado em estudos futuros.

Palavras-chave

ação coletiva; eventos de protesto; enquadramentos midiáticos; análise visual; emoções

Résumé

Nous analysons comment les émotions sont incorporées au cadrage des médias de masse couvrant des manifestations à travers l'étude d'images publiées. A partir de l’articulation entre les théories de cadrage interprétatif et des émotions dans l’action collective, nous avons construit un modèle d’analyse visuelle fondé sur l’identification des cadrages dominants et les processus de saisie en trois dimensions : techniques photographiques, interactions, et émotions. Ce modèle a été appliqué à la couverture du journal Zero Hora de la manifestation du 20 juin 2013 à Porto Alegre. Les résultats indiquent que le journal incorpore des régimes émotionnels ambivalents : il associe la manifestation à des symboles de grandeur, de patriotisme et de festivité, qui ont tendance à être liés aux émotions morales (par exemple la fierté) et de loyauté et d’engagement (par exemple la confiance); d’autre part, les tactiques « violentes » sont associées au danger/risque et liées aux émotions réflexes (par exemple la peur) et aux émotions morales (par exemple l'indignation). Ces résultats introduisent des éléments visuels et émotionnels à la théorie des cadrages de l’action collective, avec la proposition d’un modèle analytique qui pourra être reproduit dans des études futures.

Mots Clés

action collective; manifestations contestataires; cadrage médiatique; analyse visuelle; émotions

Resumen

Analizamos cómo se incorporan las emociones al encuadre de los medios de comunicación corporativos en los eventos de protesta a través del estudio de las imágenes publicadas. A partir de la articulación entre las teorías de encuadre interpretativo y de las emociones en la acción colectiva, se construyó un modelo de análisis visual basado en la identificación de encuadres dominantes y de procesos de refinamiento en tres dimensiones: técnicas fotográficas, interacciones y emociones. El modelo se aplicó a la cobertura del periódico Zero Hora de la protesta del 20 de junio de 2013 en Porto Alegre. Los resultados indican que el periódico incorpora regímenes emocionales ambivalentes: asocia la protesta con símbolos de grandiosidad, patriotismo y festividad, los cuales tienden a estar vinculados a emociones morales (p. ej. orgullo) y lealtad y compromiso (p. ej. confianza); por otro lado, las tácticas “violentas” se asocian con peligro / riesgo y están vinculadas a emociones reflejas (p. ej. miedo) y morales (p. ej. indignación). Esos resultados introducen elementos visuales y emocionales a la teoría de los encuadres de la acción colectiva, con la propuesta de un modelo analítico que podrá replicarse en estudios futuros.

Palabras Claves

acción colectiva; protestas; encuadre de mediático; análisis visual; emociones

Download file