Vol. 29, nº 1, 2023

Municipal elections 2016 and 2020 in São Paulo: different results, same alignments

DOI: https://doi.org/http://doi.org/10.1590/1807-01912023291133

Authors

Aleksei Zolnerkevic

Departamento de Geografia

Universidade de São Paulo

Fernando Guarnieri

Instituto de Estudos Sociais e Políticos

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Abstract

The 2016 and 2020 municipal elections in São Paulo’s city presented results that deviated from previous ones in the spatial voting patterns and in candidate performance. While the PT in 2016 did not win in any district, with part of these votes "stolen" by Marta Suplicy (PMDB), in 2020 the party, for the first time since 1985, was not among the first place contenders, a position occupied by the PSOL. Through mapping and factor analysis, the present article provides evidence for this deviation and seeks possible explanations by analyzing, through ecological inference, the transfer of votes from one election to another among candidates. The article defends the hypothesis that this transfer is due more to a strategic vote than to electoral realignments. The results show that there was no change in "voter alignment" and the deviations found attributed to the competition strategies adopted by the parties.

Keywords

municipal elections; electoral geography; ecological inference; electoral competition; São Paulo

Resumo

As eleições municipais de 2016 e 2020 em São Paulo apresentaram resultados desviantes das anteriores tanto nos padrões espaciais como no desempenho dos candidatos. Enquanto em 2016 o PT não obteve vitória em nenhum distrito, com parte dos seus votos “roubados” por Marta Suplicy (PMDB), em 2020 o partido pela primeira vez desde 1985 não ficou entre os primeiros colocados, posto ocupado pelo PSOL. Este artigo, através de mapas e análise fatorial, apresenta evidências desse desvio e busca possíveis explicações analisando, por meio de inferência ecológica, a transferência de votos de uma eleição para outra com a hipótese de que essa transferência se deve mais a um voto estratégico do que a realinhamentos eleitorais. Os resultados mostram que não houve uma modificação no “alinhamento do eleitor” e que os desvios encontrados se devem às estratégias de competição adotadas pelos partidos.

Palavras-chave

eleições municipais; geografia eleitoral; inferência ecológica; competição eleitoral; São Paulo

Résumé

Les élections municipales de 2016 et 2020 à São Paulo ont présenté des résultats s'écartant des précédentes, tant au niveau de la configuration spatiale que des performances des candidats. Alors que le PT en 2016 n'a gagné dans aucun district, une partie de ses voix ayant été "volée" par Marta Suplicy (PMDB), en 2020 le parti pour la première fois depuis 1985 ne figure pas parmi les premières places, une position occupée par le PSOL. L'article, par le biais de cartes et d'analyses factorielles, présente les preuves de cette déviation et cherche des explications possibles en analysant, par inférence écologique, le transfert de votes d'une élection à l'autre avec l'hypothèse que ce transfert est dû davantage à un vote stratégique qu'à des réalignements électoraux. Les résultats montrent qu'il n'y a pas eu de changement dans "l'alignement des électeurs" et que les écarts constatés sont dus aux stratégies de concurrence adoptées par les partis.

Mots Clés

élections municipales; géographie électorale; inférence écologique; compétition électorale; São Paulo

Resumen

Las elecciones municipales de 2016 y 2020 en São Paulo presentaron resultados que se desvían de los anteriores tanto en los patrones espaciales como en el desempeño de los candidatos. Mientras que el PT en 2016 no ganó en ningún distrito, con parte de sus votos "robados" por Marta Suplicy (PMDB), en 2020 el partido por primera vez desde 1985 no está entre los primeros lugares, posición que ocupa el PSOL. El artículo, a través de mapas y análisis factorial, presenta pruebas de esta desviación y busca posibles explicaciones analizando, mediante inferencia ecológica, la transferencia de votos de unas elecciones a otras con la hipótesis de que esta transferencia se debe más a un voto estratégico que a realineamientos electorales. Los resultados muestran que no hubo cambios en la "alineación de los votantes" y que las desviaciones encontradas se deben a las estrategias de competencia adoptadas por los partidos.

Palabras Claves

elecciones municipales; geografía electoral; inferencia ecológica; competencia electoral; São Paulo

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