Vol. 25, nº 3, 2019

Relations between collectives with the Journeys of June

DOI: https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1590/1807-01912019253577

Authors

Olívia Cristina Perez

Programa de Pós-Graduação em Ciência Política

Universidade Federal do Piauí

Abstract

This article discusses political organizations called collectives and their relations with the cycle of protests known as the Jornadas de Junho (June Journeys) in 2013. As part of this exploratory research, we interviewed the members of 21 collectives throughout the city of Teresina and systematized 725 pages of information about the collectives documented on the social network Facebook. The results indicate that these collectives were created mainly in the last six years, and members of some of them identified the collectives as a form of political organization after the June Journeys. In addition to this relationship, the collectives criticize political parties and traditional organizations due to their hierarchies and inefficiency. Criticism of the government and parties were also common at the June Journeys. In opposition to this model of political organization, some collectives advocate more autonomous and horizontal practices. To understand the emergence of organizations after the protests, we review the literature of theorists of social movements. This text contributes to studies on social mobilization by analyzing the legacies of the June Journeys, such as incentives to engage in collectives.

Keywords

collectives; Journeys of June; antipartisanism

Resumo

Este artigo aborda organizações políticas denominadas coletivos e suas relações com o ciclo de protestos conhecido como Jornadas de Junho de 2013. Na pesquisa exploratória foram entrevistados membros de 21 coletivos da cidade de Teresina e sistematizadas informações de 725 páginas de coletivos cadastradas na rede social Facebook. Os resultados indicam que os coletivos foram criados principalmente nos últimos seis anos, sendo que membros de alguns deles conheceram a forma de organização política do tipo coletivo depois das Jornadas. Além dessa relação, os coletivos criticam partidos políticos e organizações tradicionais pela presença de hierarquias e ineficiência, críticas também presentes nas Jornadas. Justamente para se contraporem a esse modelo de organização política, alguns coletivos defendem práticas mais autônomas e horizontais. Para que se entenda a emergência de organizações após os protestos, são retomadas reflexões de teóricos dos movimentos sociais. O texto contribui com os estudos sobre mobilizações sociais ao analisar legados das Jornadas, como o incentivo aos coletivos.

Palavras-chave

coletivos; jornadas de junho; antipartidarismo

Résumé

Cet article traite des organisations politiques dénommées collectifs et de leurs relations avec le cycle de manifestations connu sous le nom de Journées de Juin 2013. La recherche exploratoire a interviewé des membres de 21 collectifs de la ville de Teresina et a systématisé l'information de 725 pages de collectifs enregistrées sur le réseau social Facebook. Les résultats indiquent que les collectifs ont été créés principalement au cours des six dernières années et que certains membres ont connu la forme d'organisation politique de type collectif après les Journées. En plus de cette relation, les collectifs critiquent les partis politiques traditionnels et les organisations à cause de la présence de hiérarchies et de leur inefficacité. Les critiques du gouvernement et des partis étaient également présentes aux Journées. C'est précisément pour s'opposer à ce modèle d'organisation politique que certains collectifs préconisent des pratiques plus autonomes et horizontales. Pour comprendre l’émergence d’organisations après les manifestations, on reprend les concepts les théoriciens des mouvements sociaux. Ce texte contribue aux études sur la mobilisation sociale en analysant les héritages des Journées, tels que le soutien aux collectifs.

Mots Clés

collectifs; journées de juin; antipartisanisme

Resumen

Este artículo aborda organizaciones políticas denominadas colectivos y sus relaciones con el ciclo de protestas conocidas como Jornadas de Junio de 2013. La investigación exploratoria entrevistó a miembros de 21 colectivos de la ciudad de Teresina y sistematizó informaciones de 725 páginas de colectivos registrados en la red social Facebook. Los resultados indican que los colectivos fueron creados principalmente en los últimos seis años, siendo que miembros de algunos de ellos conocieron la forma de organización política del tipo colectivo después de las Jornadas. Además de esa relación, los colectivos critican a partidos políticos y organizaciones tradicionales, por la presencia de jerarquías e ineficiencia de ellas. La crítica al gobierno y a los partidos también estaban presentes en las Jornadas. Justamente para contraponerse a ese modelo de organización política, algunos colectivos defienden prácticas más autónomas y horizontales. Para entender la emergencia de organizaciones después de las protestas se reanudan reflexiones de teóricos de los movimientos sociales. Este texto contribuye a los estudios sobre la movilización social mediante el análisis de legados de las Jornadas, como el incentivo a los colectivos.

Palabras Claves

colectivos; Jornada de Junio; antipartidarismo

Download file