Vol. 25, nº 3, 2019

The news coverage of the 2017 general strikes: protest paradigm or political slant

DOI: https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1590/1807-01912019253495

Authors

João Feres Júnior

Instituto de Estudos Sociais e Políticos

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Marcia Rangel Candido

Instituto de Estudos Sociais e Políticos

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Patricia Bandeira de Melo

Centro de Investigação e Estudos de Sociologia

Fundação Joaquim Nabuco/Instituto Universitário de Lisboa

Lidiane Rezende Vieira

Instituto de Estudos Sociais e Políticos

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Abstract

The protest paradigm is a concept widely used in the international literature in studies on the mass media’s unfavorable treatment of political and social protests. There are three explanations for such treatment: (1) it varies depending on the ideological values of the media outlet (the more conservative, the higher the probability of adopting the paradigm of protest); (2) it varies depending on the position of the protest in relation to the status quo; and (3) it does not always occur. In this paper, we analyze the Brazilian media’s coverage of the general strikes of 2017 against the Labor and Social Security reforms, examining the speeches and images associated with the groups involved in the general strikes in the publication Jornal Nacional and in the newspapers Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, and O Globo. To this end, we implement the methodologies of framing analysis, image interpretation, and word clouds. The results confirm the occurrence of a protest paradigm in these cases and reveal five predominant ways of framing protests: (1) violence and vandalism; (2) selfish and disorganized action; (3) public disorder; (4) source of economic losses; and (5) lack of popular legitimacy. In conclusion, we reflect on this article’s contribution to the international debate about the protest paradigm.

Keywords

media; protests; labor and social security reform; protest paradigm; federal government

Resumo

O paradigma de protesto é um conceito amplamente utilizado pela literatura internacional nos estudos do tratamento dispensado pela grande mídia a manifestações políticas e sociais. Há três explicações para sua ocorrência: (1) varia com a orientação ideológica do meio (quanto mais conservador, maior a probabilidade de adotar o paradigma de protesto); (2) varia com a posição do protesto em relação ao status quo; e (3) nem sempre ocorre. Neste artigo analisamos a cobertura que a grande mídia brasileira dispensou às greves gerais de 2017 contra as reformas trabalhista e previdenciária, examinando os discursos e imagens associados aos grupos envolvidos nas greves gerais no Jornal Nacional e nos impressos Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo. Para tal utilizamos as metodologias da análise de enquadramento, interpretação de imagens e nuvens de palavras. Os resultados encontrados confirmam a ocorrência de paradigma de protesto nesses casos e revelam cinco modos predominantes de enquadrar as greves: (1) violência e vandalismo, (2) ação egoísta e desorganizada, (3) transtorno ao espaço público, (4) fonte de prejuízo à economia e (5) ausência de legitimidade popular. Na conclusão refletimos sobre a contribuição do presente artigo para o debate internacional sobre o assunto.

Palavras-chave

mídia; greves; reforma trabalhista; reforma da previdência; paradigma de protesto; governo federal

Résumé

Le paradigme de protestation est un concept largement utilisé dans la littérature internationale, dans les études sur la façon dont les médias traditionnels traitent les manifestations politiques et sociales. Il y a trois explications à son apparition: (1) il varie selon l’orientation idéologique du milieu (plus celui-ci est conservateur, plus il est probable qu´on adopte le paradigme de protestation); (2) il varie selon la position de la protestation envers le statu quo; et (3) il ne se produit pas toujours. Dans cet article, nous avons examiné la couverture que les grands médias brésiliens ont fait des grèves générales de 2017 contre les réformes du travail et des retraites, l’examen des discours et des images associées aux groupes impliqués dans les grèves générales dans le Jornal National à la télevision et dans trois journaux, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo et O Globo. Pour cela, nous utilisons les méthodologies de l’analyse de l’encadrement, de l’interprétation de l’image et des nuages de mots. Les résultats confirment l’apparition de paradigme de protestation dans ces cas et ils révèlent cinq façons prédominantes d’encadrer les grèves: (1) la violence et le vandalisme, (2) l´action égoïste et désorganisée, (3) les troubles de l’espace public, (4) la source de préjudices à l´économie et (5) le manque de légitimité populaire. En conclusion, nous réfléchissons à la contribution de ce document au débat international sur le sujet.

Mots Clés

médias; grèves; réforme du travail et des retraites; paradigme de la protestation; gouvernement fédéral

Resumen

El paradigma de protesta es un concepto ampliamente utilizado por la literatura internacional en los estudios del tratamiento dispensado por los grandes medios a manifestaciones políticas y sociales. Hay tres explicaciones para su ocurrencia: (1) varía con la orientación ideológica del medio (el más conservador, más probabilidades de adoptar el paradigma protesta); (2) varía con la posición de la protesta en relación al statu quo; y (3) no siempre ocurre. En este articulo analizamos la cobertura que grandes medios brasileños dieran a las huelgas generales de 2017 contra las reformas Laboral y Pensionaria, examinando los discursos e imágenes asociados a los grupos involucrados en las huelgas generales en el Jornal Nacional (televisión) y en los impresos Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo y O Globo. Para ello utilizamos las metodologías del análisis de encuadramiento, interpretación de imágenes y nubes de palabras. Los resultados confirman la ocurrencia de paradigma protesta en estos casos y revelan cinco formas predominantes de la formulación de las huelgas: (1) la violencia y el vandalismo, (2) egoísta, acción desorganizada, (3) el trastorno al espacio público, (4) Asociación retraso y (5) ausencia de legitimidad popular. En la conclusión reflexionamos sobre la contribución del presente trabajo al debate internacional sobre el tema.

Palabras Claves

medios; huelgas; reforma laboral y de pensiones; paradigma de protesta; gobierno federal

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