Vol. 22, nº 3, 2016

Political culture, economic changes, and inertial democracy: a post-2014 elections analysis

DOI: https://doi.org/10.1590/1807-01912016223492

Authors

Marcelo Baquero

Departamento de Ciência Política

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Rodrigo Stumpf Gonzalez

Programa de Pós-Graduação em Ciência Política

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Abstract

This work seeks to evaluate the presence of an inertial democracy in Brazil, where asymmetries between economics and politics create a passive and anomic political culture. Such a situation allows for social and economic policies to follow a pattern that faces limited change. If, in a context of changes, things need to change in order to remain the same, then in a scenario of inertial (re-) democratization, institutions can be expected to change without, however, altering, in a positive direction, the population’s norms, values, and normative beliefs about democracy. In order to assess this proposition, demographic and socio-economic data will be analyzed along with the evolution of trust in institutions, politicians, and democracy for the period of 2002–2014 using data from the Brazilian Electoral Survey (Eseb). The conclusion is that the period of favorable economic performance did not allow for the consolidation of a democratic political culture, with a rapid deterioration of support for institutions and leaders following the economic crisis.

Keywords

political culture; inertial democracy; economy

Resumo

Este artigo busca avaliar a presença de uma democracia inercial no Brasil, em que as assimetrias entre economia e política produzem uma cultura política passiva e anômica. Tal situação possibilita que as políticas sociais e econômicas sigam um padrão que pouco se modifica. Se, num contexto de mudanças, as coisas precisam mudar para que fiquem iguais, então se pode esperar que, num contexto de (re)democratização com inércia, as instituições mudem, sem, no entanto, alterar, numa direção positiva, as normas, os valores e as crenças normativas da população em relação à democracia. Para analisar essa proposição serão utilizados dados demográficos e socioeconômicos, avaliados ante a evolução da confiança nas instituições, governantes e na democracia no período 2002-2014, a partir de dados do ESEB. A conclusão é de que o período de desempenho econômico favorável não permitiu a consolidação de uma cultura política democrática, com rápida deterioração do apoio às instituições e aos governantes a partir da crise econômica.

Palavras-chave

cultura política; democracia inercial; economia

Résumé

Cet article cherche à évaluer la présence d’une démocratie inertielle au Brésil, où les asymétries entre l´économie et la politique développent une culture politique anomique et passive. Cet état des choses permet que les politiques sociales et économiques ne changent pas. Si, dans un contexte de changements, il faut que les choses changent pour que rien ne change, alors on peut s´attendre à ce que, dans un contexte de (re)démocratisation avec inertie, les institutions changent, mais sans modifier positivement les normes, les valeurs et les croyances du peuple vers la démocratie. Pour analyser cette proposition on utilisera des données démographiques et socio-économiques, évaluées dans le contexte de l´évolution de la confiance envers les institutions, les dirigeants et la démocratie pendant la période 2002-2014, à partir de données de l´Eseb. En conclusion, les résultats économiques favorables n'ont pas suffi pour développer une culture politique démocratique. Avec la crise économique, on a assisté à une rapide détérioration du soutien aux institutions et aux dirigeants.

Mots Clés

culture politique; démocratie inertielle; économie

Resumen

Este trabajo tiene por objetivo evaluar la presencia de una democracia inercial en Brasil, donde las asimetrías entre economía y política crean una cultura política pasiva y anómica. Tal situación hace posible que las políticas sociales y económicas mantengan un patrón que poco cambia. En un contexto de cambios, son necesarios para que las cosas queden como están, se puede esperar que, en un contexto de (re)democratización con inercia, las instituciones cambien, sin, entretanto, alterar positivamente las normas, valores y creencias normativas del pueblo en relación con la democracia. Para analizar esta proposición, son utilizados datos demográficos y socioeconómicos, evaluados en su relación con la evolución de la confianza en las instituciones, gobernantes y en la democracia en el periodo 2002-2014, basado en datos del ESEB. La conclusión es que el periodo de desarrollo económico favorable no ha permitido la consolidación de una cultura política democrática, con el rápido deterioro del apoyo a las instituciones y gobernantes cuando llegó la crisis económica. Palabras clave: cultura política; democracia inercial; economía

Palabras Claves

cultura política; democracia inercial; economía

Download file